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Feito para compartilhar conhecimento,curiosidades,pensamentos,opiniões,imagens e emoções.Um pouco das coisas que eu gosto e que quero dividir com outras pessoas.Um espaço simples,mas feito de coração.



sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sonhos que aprisionam


Havia na minha casa, até uns dias atrás, uma travessa cheia de pedras. Elas eram de cores, tamanhos e formatos diferentes. Tinham em comum o fato de haverem sido coletadas em viagens. Se eu estivesse num lugar especial, procurava uma pedra bonita e a metia no bolso. Mais tarde, de volta em casa, juntava o item novo à coleção. Haveria, talvez, umas 30 pedras na travessa.Na semana passada, preparando a casa para uma reforma, disposto a recomeçar a vida, decidi que era hora de me livrar de coisas que eu vinha acumulando desnecessariamente há pelo menos 10 anos. Rodaram roupas, objetos, revistas, livros e, claro, as pedras. Mas não foi fácil.Cada vez que eu punha uma coisa de lado, com a disposição de me livrar dela, algo me incomodava profundamente. Havia uma dor ali, ou várias dores diferentes.As pedras eram parte do passado que, de alguma forma, eu tentava agarrar e materializar. Os livros, vários que eu nunca tinha lido, representavam uma inquietação pelo futuro: agora eu nunca saberia o que há dentro deles. As roupas, muitas delas sem usar há anos, ficavam me acenando do chão, empilhadas, com as situações que haveriam de vir e nas quais eu sentiria falta delas.O nome desse sentimento inquietante é apego.A gente se agarra às coisas, como se agarra às pessoas e às ideias. Na verdade está tudo entrelaçado. As coisas representam pessoas, que nos remetem a sentimentos e ideias. Ou representam sentimentos e ideias, que nos lembram de pessoas. Qualquer que seja a ordem, esse sentimento é um fardo. Tentando reformar e recomeçar, tentando reiniciar a vida, a gente percebe como é difícil deixar as coisas para trás. Inclusive os sonhos e os planos, por mais banais e genéricos que sejam.Assim como nos apegamos a livros que nunca lemos, ou CDs que nunca ouvimos, também nos apaixonamos por coisas que nunca vivemos e gostaríamos de viver, embora não sejamos capazes de explicá-las ou defini-las. Essa forma de apego é vaga, mas tem uma força brutal sobre as nossas ações.A esperança de viver coisas espetaculares (mas indefinidas) no futuro impede que a gente se mova no presente. Ela leva, por exemplo, algumas pessoas a protelar indefinidamente relações afetivas duradouras. Elas não conseguem renunciar ao sonho de perfeição do conto de fadas ou abrir mão das possibilidades eróticas oferecidas por um planeta com seis bilhões de pessoas. Isso equivale à dificuldade de jogar fora um DVD que nunca foi visto. É apego pelo desconhecido.É contra essa esperança enorme, avassaladora e perniciosa que temos de lutar todos os dias para tomar conta da nossa vida. Não basta olhar para trás e se livrar das coleções de pedras. Ou das roupas velhas. Para começar de novo, em qualquer idade, temos de jogar fora os sonhos embolorados e as ilusões. Precisamos nos livrar do futuro sem rosto que nos assombra.É provável que a felicidade, como coisa duradoura, não exista. Mas, se ela pode ser encontrada em algum lugar, ainda que de forma fugidia, é no presente. Para enxergá-la, precisamos estar de olhos bem abertos, livres das sombras do passado e das luzes que cegam no futuro. Não é fácil, mas quem disse que a vida é simples? (Ivan Martins escreve às quartas-feiras)Fonte: http://revistaepoca.globo.com/O futuro é outra história. Nele residem todas as nossas expectativas. Depositamos neles nossas aspirações práticas e subjetivas. Em direção a ele arremessamos os nossos desejos não realizados, a redenção das nossas frustrações. No futuro encontra-se a pessoa que desejamos ser. A felicidade mora lá e nos assombra como um fantasma a cada minuto da nossa vida. Não saberíamos viver sem ela. Seria desumano.O passado é uma entidade com peso e qualidade definidos. Lidamos com ele todos os dias. Desapegar não é simples, como mostra a minha coleção de pedras, mas pode ser negociado, como sabem os analistas. Memórias podem ser reavaliadas, experiências podem ser diluídas no tempo. Podemos chegar à conclusão que sobreviveremos ao grande amor e ao grande trauma – e com alguma pesar, por um e por outro, somos capazes de enterrá-los em alguma medida.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Cadela adota dois gatinhos no Rio Grande do Sul.



Precisa falar mais?Que coisa linda!!

Enganei o bobo na casca do ovo.

É incrível como a mídia tem o poder de manipular a mente das pessoas.Na páscoa,todo mundo só pensa em chocolate,só pensa em ovos recheados de não sei o quê...Gastam uma nota para comprar 200g de uma coisa oca,casca fina,e embalagem bonita.Estão pagando pelo formato??Porquê os comerciantes falam que você tem que se entupir de chocolate?Uma barra de 1kg de chocolate custa bem mais barato e satisfaz muito mais,eu garanto.Eu não sei o porquê desse desespero nas lojas e supermercados,parece que chocolate é um item de primeira necessidade,cuja a safra acontece somente uma vez por ano.Então Chocolate é sazonal,assim como o bom senso das pessoas?Páscoa é coelhinho + cacau?A referência se perdeu no tempo,quando algumas datas tinham um significado real.Hoje tudo é comercio,dinheiro e manipulação de mentes fracas.E todo mundo vai na mesma onda,sem pensar,sem questionar,como se fossem robôs direcionados por controle remoto.Eu não compro ovo de páscoa,e só compraria para uma criança, que ainda não tem uma visão melhor dessa logística milionária.Eu estava me esquecendo de falar que hoje é o dia do BACALHAU também!O sacrifício de não comer carne em um dia do ano,e no resto dos dias continua-se falando mal dos outros,julgando,mentindo...e comendo aos poucos a própria língua,que é uma carne muito nobre e já vem de fábrica.É minha gente vamos pensar mais sobre essas questões e entender o real significado das coisas.Eu adoro chocolate,e como o ano todo,quando eu quero,do formato que eu quero,e na páscoa não faz diferença.O que faz a diferença e pensar e agir.Que tal rechearmos cestas com mantimentos e doar para pessoas carentes?Enquanto seu filho se entope de ovos de páscoa,outra criança está amassando barro para fazer seus ovinhos , imaginando que são de verdade.


Telma Lemos