Pavio curto

Tem gente que já nasce de ovo virado,ou acorda com o pé esquerdo,ou está achando a vida uma merda,ou tem vontade de  comprar uma arma de destruição em massa e acabar com o planeta.Ninguém tem que ser bem humorado o tempo todo,isso é para os raros,aqueles que tem uma luz que irradia,não é o meu caso.
Eu gosto de fazer as pessoas a minha volta rirem,mas eu nem sempre estou no meu modo palhaça de ser.Mas me faz bem saberem que as pessoas que eu gosto se sintam felizes estarem comigo.
Já convivi e convivo com pessoas estremamente dfíceis de lidar,e sempre tem atrito.É aquele mal humor do cão,sempre reclamando de tudo e todos,sempre botando defeito,sempre criticando e julgando.Gente assim vai me matando aos poucos,bem que eu queria ser imune a certos tipos de comportamento,aos lampejos de ira,aos intolerantes que fazem de uma gota d'agua  um tsunami e conseguem destruir em poucos segundos o respeito e consideração que foi construída ao longo do tempo.
É o genuíno o talento para se sabotar,para afastar as pessoas,para ser aquele que ninguém quer por perto.O pior que a própria pessoa nem percebe que é assim,e acha que tem razão em tudo o que fala e faz.Falta de auto analise,de se olhar no espelho de perguntar a um amigo realmente sincero:O que eu posso melhorar?E estar preparado para resposta.
Amigos sinceros!Porque aqueles que gostam de fazer média sempre vão dizer que você é a melhor pessoa do mundo,e que nem tem defeitos.Mas assim como é que muda não me mesmo?Quem acha que sabe tudo,entende tudo e que não tem nada para aprender ou melhorar,vai continuar como um burro amarrado num toco se achando o tal, esperando a vida passar.
São sempre os mesmos pensamentos que não mudam,as regras que não são quebradas, a arrogância de quem acha que tem tudo,mas está sempre só mesmo no meio de uma multidão.É a guerra interna travada em silêncio,amargando a alma,tirando o sorriso do rosto e o brilho dos olhos.Afastando as boas pessoas pessoas do caminho e aproximando aqueles que tocam a mesma sinfônia amarga daqueles que se perderam no meio do caminho.
Eu queria perceber menos as coisas,sentir menos essas energias negativas,e eu consigo essa façanha mesmo sem olhar nos olhos,mesmo sem nunca ter visto.E o pior é que eu tento ajudar,mas pessoas assim nunca acham que precisam de ajuda,mas não sabem pedir pois elas são absolutas nas suas convicções e no seu orgulho.
Preciso acreditar mais na minha intuição,mas eu sempre quero achar que ela está errada,porquê normalmente as coisas que eu percebo não são nada boas,e eu quero sempre acreditar no contrário,e é ai que eu me lasco.
A intolerância realmente é um veneno,que intoxica tudo em volta,que faz as pessoas se afastarem sem aviso prévio.Tenho medo de gente assim,pavio curto,osso duro de roer,cheios de ira e amargura no coração,prontos para magoar quem estiver ao seu alcance,por nada,do nada, colocam tudo a perder.Perdem tantas chances de rirem,de serem felizes,de relaxar,de transformar uma coisa chata em algo divertido.
Eu ainda tenho muito que aprender,não sou um poço de tolerância.Mas já melhorei muito,ao ponto de me olhar no espelho e saber que eu posso melhorar,isso já é uma grande evolução.Mas o caminho é longo.Todo dia aprendo um pouco,me decepciono muito,mas tento tirar sempre uma lição.Infelizmente descobri que não se deve esperar nada de ninguém,fazer sem esperar nada em troca.E estar preparado para as atitudes inesperadas.A vida não é fácil,lidar com gente é complicado demais.Por isso que eu falo que eu prefiro os animais.Pelo menos eu sei o que esperar deles.
Telma Lemos