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Feito para compartilhar conhecimento,curiosidades,pensamentos,opiniões,imagens e emoções.Um pouco das coisas que eu gosto e que quero dividir com outras pessoas.Um espaço simples,mas feito de coração.
domingo, 25 de novembro de 2012
Assim, tão pequenos
Diante daquilo que não vemos somos tão pequenos,diante do que sentimos somos tão indefesos.Pequenas gotas de chuva dançando num céu assombrado.
Somos assim, ínfimos na existência,frágeis na essência.Grãos de areia soltos ao vento,revoltos no tempo,cegando os olhos de quem vê mais além.
Vamos brincando com tempo,brindando com as lágrimas,com o sangue,ou com o veneno.Brindamos as amarguras de sermos o que somos,de ser o nada querendo ser o tudo.
Se a cada passo vamos a frente,a cada vôo vemos o todo,um olhar de quem sem ter asas consegue tirar os pés do chão e voar.E ir além,ir aonde os sonhos deixam de ser apenas sonhos e se tornam uma realidade antes tão remota.
Se os olhos ainda não enxergam o que há mais além,alguns corações são capazes de sentir,como se o vento fosse um abraço da natureza,o sol um carinho na pele,o cheio um despertar da consciência, e os olhos vislumbram tudo aquilo que é palpavél. Mas eles ainda sim não nos mostram tudo,pois os olhos da alma é que são nosso verdadeiros olhos.
E na nossa pequenez ainda não nos faz compreender a grandeza e os mistérios da vida,nem os enigmas que se encondem na morte.
Esta ai exposta como as águas de uma corredeira revolta,toda a nossa trajetória,nascendo tão pequenos,como gotas d'agua e corremos desesperados em busca de algo maior,algo que nem sabemos o que é.É nessa busca incessante que nos perdemos, passamos a vida contornando as pedras que aparecem no caminho,mas continuamos gotas pequenas que se recusam a se juntar umas as outras para formas um oceano.E evaporamos ou nos afogamos na nossa própria vaidade,nos deixamos secar sem antes termos cultivado algo de bom,e nos esvaímos pelo ralo,assim sem deixar boas sementes,boas lembranças,algo realmente que perpetue para as gerações futuras.
Passar a vida correndo sem ter olhos para enxergar tudo aquilo que nos rodeia,é desperdiçar a dádiva de ter dentro de si uma fagulha divina,algo que nos conecta com tudo aquilo que não podemos ver,mas de alguma forma podemos sentir.
E é no sentir que devemos nos agarrar,porque a força dos sentimentos e grande demais para ser ignorada,e que esses sentimentos sejam bons,porquê os ruins envenenam a alma e o coração.
Desperdiçar a vida com coisas inúteis só reforça a nossa ignorância,e o quanto ainda somos grãos de areia,pequenos,frágeis e soberbos diante dos mistérios e da grandeza da vida.
Telma Lemos
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